Melhor Filme - Olhar Diversidade
Uma representação fiel da realidade em camadas como o preconceito geográfico dispensado às periferias, doutrinação religiosa, sonho de jovens artistas, incapacidade física por doenças, histórias que se repetem aos milhões. Fazer um filme que narra essas vidas com a mistura de artes e criação de um musical totalmente integrado, em um formato inovador, consolida a produção como uma referência para o audiovisual, não só da periferia, mas de todo mercado nacional. Além disso, outro olhar muito relevante é o do pertencimento e a inversão da expressão “no fim do mundo”, que mostra na verdade que moramos “No Início do Mundo”.
Melhor Filme - Olhar Feminino
Pela sua narrativa e direção muito bem amarrada, direta e bem conduzida, onde em menos de 5 minutos, deixa o recado de uma ruptura necessária que passa desde o título da obra, pelo não dançar e ouvir a música do colonizador até a queima de uma roupa tradicional no final do curta. O Lealdade foi escolhido como o melhor filme da Mostra Olhar Feminino pela forma que as diretoras conduziram o público para uma reflexão sobre tradições que devem deixar de existir.
Melhor Filme - Olhar Jovem
Pela inventividade, demonstrando mais uma vez que a vanguarda do cinema brasileiro vem das periferias. Filme que em sua narrativa direta consegue dar dimensão da capacidade do sujeito de quebrada olhar e pensar a sua própria existência. Como nos melhores animes existenciais, apresenta em poucos frames uma inventividade pulsante. Poderia ser Tetsuo na Tokio totalmente destruída, mas é Cabeção, um dos nossos, na Belford Roxo em construção, cujos pedreiros e donos dessa obra são todos envolvidos na coletividade Baixada Cine.
Melhor Filme - Todos os Olhares
Através de um manifesto objetivo e direto, Nem Puta, Nem Santa questiona e ironiza as dimensões do sagrado e do profano que atravessam um corpo travesti. Com uma narrativa econômica, autônoma, e em primeira pessoa, o filme com maestria escancara mais uma vez como a moral é estética, e a comoção é seletiva no Brasil. E vale ressaltar que o filme é escrito, dirigido e protagonizado por uma travesti, evidenciando que numa disputa de narrativas, pessoas trans e travestis não são mais objetos, mas exímias realizadoras de Cinema.
Menção Honrosa - Olhar Diversidade
Orixás como o centro e equilíbrio do mundo. Esta é a mensagem que nos chega fortemente através do filme Orixás Center, que com inventividade e arrojo estético nos mostra como as relações entre as divindades, o ser humano e a natureza podem se dar através do poder do afeto. É magistral ver Salvador ser representada por um filme impactante e suave ao mesmo tempo, como as misteriosas águas do mar.
Menção Honrosa - Olhar Feminino
Pela forma que constrói a narrativa de um homem só, que encontra no seu ofício cotidiano e livros uma viagem pela existência com seu rebanho. Reforça a força do cinema paraibano que mergulha em suas territorialidades para contar histórias inventivas e narrativas que fogem de clichês narrativos.
Menção Honrosa - Todos os Olhares
A partir de uma narrativa que tem como recurso a imersão no cotidiano de sua protagonista tendo elementos como a fotografia e percepções sonoras a partir da ambiência, do território, da religiosidade, dos contos e cânticos ali realizados descrevendo assim todo um cotidiano de alguém que contempla contemporaneidade, respeitando a sua ancestralidade. Por conta de sua complexidade e abundância de informações, o filme Benzedeira foi escolhido para receber a menção honrosa da Mostra Todos os Olhares.
Realização
FLY COW PRODUÇÕES
Idealização
MONICA TRIGO
Direção
EDUARDO SANTANA e MONICA TRIGO
Produção Executiva
MATHEUS RUFINO
Curadoria Homenageado
FILIPPO PITANGA
Curadoria Olhar Feminino, Olhar Diversidade, Olhar Jovem e Todos os Olhares
FRANCISCO GASPAR
Assistentes de Produção
TADEO TRIGO
Júri
JHONNA BÀO, LINCOLN PÉRICLES, MIQ GONÇALVES e PRISCILA MACHADO
Coordenação do Sarau Olhar Periférico
MOLOTOV DAS RUAS e MALCOLM MC
Assessoria de Imprensa
MÍDIA BRAZIL
Identidade Visual e Projeto Gráfico
ZOOTROOP - TITO TRIGO